quarta-feira, maio 13, 2009

Oasis brilha como Supernova


Para um público que esperou 15 anos para ver de perto o britpop do Oasis e os destemperados e irreverentes manos Noel e Liam Gallagher, a banda de Manchester brilhou como uma estrela Supernova. Aliás, Champagne Supernova foi a última música própria, a vigésima do cardápio de 21 canções em 1h45min, no show desta terça-feira, 12, no Gigantinho, em Porto Alegre.
Diante de 12 mil pessoas, a banda foi precedida pela Cachorro Grande, o correspondente gaúcho do Oasis, que tocou 12 músicas durante 45 minutos, fechando com a clássica beatle "Helker Skelter". Às 21h40min (em ponto!), começaram os primeiros acordes da instrumental Fuckin´the Bushes e o público formado basicamente por gente com idades entre 20 e 40 anos se agitou. A partir de "Rock´n´Roll Star" foi uma alternância de sucessos dos primeiros discos e seis músicas novas do disco "Dig Out Your Soul" (2008), como "The Schock of The Lightning" e "Ain´t Got Nothin" e "Waiting for the Rapture".
Com seu fleumatismo, as mãos para trás ou no bolso, Liam arriscou um "Obrigado, Porto Alegre" e também apontou para o público quando nas unânimes "Wonderwall" e "Don´t Look Back in Anger" a massa cantou, empunhhou suas câmeras e celulares, tentando se beliscar para ver se não estava sonhando. Encerrar o show com Beatles parecia ser a tônica da noite e então como já estava previsto no set list da turnê brasileira, "I am the Walrus" foi a apoteose. Destaque positivo para a qualidade do som e da luz. Destaque negativo para as caixas de som na frente dos dois telões e também para a beberrança desenfreada e a pista muito cheia, que ocasionou dezenas de desmaios principalmente nas mulheres. Longa vida ao Oasis, antes que os irmãos briguem para valer.