quarta-feira, agosto 05, 2009

A Magia Inebriante do Vinho


Texto escrito para a Fenavinho 2009 e não publicado:


A MAGIA INEBRIANTE DO VINHO


Quem já bebeu e celebrou com vinho sabe as transformações que ele opera no ser. Quem não bebeu, não sabe o que está perdendo. O vinho é uma bebida mágica que atravessa os tempos e inebria a história.

O espetáculo cênico da Fenavinho: Ópera Popular do Vinho – Mito e Magia – mostra a história do vinho desde o homem primitivo, passando pelos rituais pagãos aos deuses e faraós e depois cristão até a vinda dos imigrantes italianos para transformar Bento Gonçalves na Capital Nacional do Vinho no século 19.

A uva virou vinho, o vinho foi bebido em rituais, foi santificado transformando-se no Sangue de Cristo e foi o norte dos italianos que deixaram a sua terra natal para plantar a semente das suas vidas em Bento. Os seus habitantes trabalham pelo vinho, rezam com o vinho e festejam com o vinho. É a bebida ritual. Bebida santificada. Bebida que dá o sustento ao seu povo. Bebida benta.

O vinho com sua magia inebriante aparece em todo o seu esplendor na Ópera Popular do Vinho. O homem primitivo vem primeiro, transformando tudo, colhendo a uva que cai na terra e bebendo o suco fermentado do fruto da videira. Assim, aquele homem rústico descobriu a magia, acessou ao estado fantástico do ser, a essência, a transcendência.

O espetáculo segue mostrando a bebida como ritual para os deuses gregos e romanos – Dionísio e Baco – e para os faraós. A consagração para os cristãos é quando o vinho se transforma no Sangue de Cristo. Os sinos dobram por este milagre.

Os italianos aceitam este cálice e vão trabalhando, bebendo e rezando, firmando sua crença, até que uma praga os obriga deixar o seu país em navios a vapor, carregar em mudas de videira o seu sonho e chegar a uma cidade abençoada.

Na representação, Bento Gonçalves se ergue em torno do cultivo da videira e passa a ser a Capital Nacional do Vinho. Som, luz , cor, vinho, festas, carnaval, carros alegóricos representando carruagens, navios, a Pipa Pórtico da cidade. Um clima de enlevo e grande celebração com todos reunidos durante 1h20min em torno deste líquido precioso que inebria a alma e nos transforma em seres mais plenos.


LUIZ GONZAGA LOPES
JORNALISTA







O VINHO PELOS PENSADORES


“In vino veritas.” (“No vinho, a verdade.”)(Plínio, o Velho)


"O vinho é o amigo do moderado e o inimigo do beberrão."
(Avicena)

"Os vinhos são como os homens: com o tempo, os maus azedam e os bons apuram." (Cícero)

"O vinho é a prova constante de que Deus nos ama e nos deseja ver felizes." (Benjamin Franklin)

"O bom vinho é um camarada bondoso e de confiança, quando tomado com sabedoria." (William Shakespeare)

"O vinho é o sangue da terra." (Plínio)

"O vinho consola os tristes, rejuvenesce os velhos, inspira os jovens, alivia os deprimidos do peso das suas preocupações." (Lord Byron)

"O vinho tem o poder de encher a alma de toda a verdade, de todo o saber e filosofia." (Jacques-Bénigne Bossuet)