Críticas de literatura (textos) e cinema (telona) e também de teatro e música, quando necessário. Artes visuais somente para fruição. Alguma entrevista mais especial também terá vez.
segunda-feira, janeiro 05, 2009
Quantas vidas precisamos?
Amigos leitores
Após três meses longe desta comunicação blogueira tão necessária, estou de volta para uma minirreforma no meu acordo ortográfico com a virtualidade. Como o TextosTelona do título do blog, as duas coisas que mais me motivam a escrever aqui são a literatura e o cinema, além da vida que é a matéria-prima das duas anteriores. Num domingo metade chuvoso, metade nublado com nacos de sol, botei os pés para fora de casa, deixei-os pisar o chão de um ônibus e num movimento de 20 minutos já estava às portas do Unibanco Arteplex para me estarrecer diante da tela grande.
Desta feita, o que tive diante de meus olhos foi o novo filme de Gabriele Muccino, "Sete Vidas" (Seven Pounds). Na sua segunda parceria com Will Smith, ator que vem levando a carreira de forma equilibrada, um blockbuster e um filme de sensibilidade.
Neste, o filme de sensibilidade, Smith é um homem que perdeu o sentido da vida, quando provoca o acidente que mata a mulher. Então, ele cria uma teia humanitária, de ser anjo da guarda e de escolher pessoas em dificuldades para lhes dar o que é mais precioso, o retorno a uma vida saudável, seja financeira ou de saúde, escolhendo pessoas cujos órgãos não funcionam bem e que estão na fila de transplantes ou doadores.
A figura do anjo está um pouco em desuso, apesar da literatura especializada tentar dar um impulso a esta barroca figura. Por que não somos mais anjos? Quantas vidas precisamos para entender que muito precisa ser feito. Gabriele Muccino já tinha entendido muito bem estas coisas, quando filmou À Procura da Felicidade, há dois anos, com Will Smith protagonizando o cara que rala para criar o filho e recebe uma chance de trabalhar como corretor de valores pela sua habilidade com números.
Os anjos modernos sofrem, quebram suas asas, se desnudam, já não são mais barrocos, mas com certeza Gabriele Muccino conseguiu descobrir que o sexo dos anjos é o coração ou algum outro órgão vital para o corpo e para a alma.
Após o cinema, fui na Livraria Cultura e comprei um livro com dois textos inéditos (para mim) de Samuel Beckett, que serão assunto para um novo post.
Abraços nos homens
Beijo nas mulheres
Nos próximos dias, deve aparecer neste blog um personagem criado recentemente e que vai contar um pouco do lado underground de Porto Alegre. Bordelino é o nome dele.
Agora vou. Fui.
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2 comentários:
Como sempre, você é ótimo nas suas idéias e mensagens.
E aqui, registro uma dica: veja REVÓLVER, vale a pena assistir e comentar aqui. Vou comentá-lo no meu blog: www.textosdedoris.blogspot.com.
Beijocas,
Dó Hess
Nego, que bom que "voltasse" a escrever, num tem?! Adorei o post e espero ansiosa pelo Bordelino... hehehe
Grande beijo,
C.
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