É uma noite, simplesmente
Faltam quatro dias para o Oscar
Novos capítulos na novela da LIC estadual
A Opus anunciou os shows de 2009
O amor é lindo
Kate Winslet será a melhor atriz
Vou passar batido pelo Carnaval
Estou tomando um espumante
O calor nem é tanto assim
Deus existe
Amanhã, vou a um casamento de um casal bacana
O Inter perdeu
Enfim, uma quarta-feira para afundar o sofá
Au Revoir
Críticas de literatura (textos) e cinema (telona) e também de teatro e música, quando necessário. Artes visuais somente para fruição. Alguma entrevista mais especial também terá vez.
quinta-feira, fevereiro 19, 2009
segunda-feira, fevereiro 16, 2009
A leitura libertou uma alma
Qualquer que seja o veredicto do Oscar sobre o filme O Leitor, o meu já está tomado, o filme alfabetiza em torno de uma grande história. É de uma rara beleza e soa realmente romântico o caso que a guarda nazista Hannah Schmitz tem com o jovem Michael Berg. Kate Winslet dá uma pureza e uma dureza a sua personagem que deixa-nos de queixo caído. Esta atriz vem amadurecendo a cada trabalho, ao contrário de Nicole Kidman, em descenso. A redenção e a lição mais contundente está na relação da personagem com as letras. Ela pedia para as prisioneiras de campos de concentração lerem os livros para ela. Depois para o jovem, antes de transarem, e finalmente aprendeu a ler pelos livros. Baseado no romance homônimo de Bernard Schlink, que ainda não li, é uma peça rara este filme e merece a atenção especial de todos que ainda não o viram. O filme me alfabetizou de novo (com lágrimas, diga-se de passagem) quando impelida por fitas mandadas por Michael, já crescido, vivido por Ralph Fiennes, resolve mandar fitas-cassete (Basf laranjinhas, lembram!) com os livros lidos por ele (A Odisséia, de Homero; "Metamorfose", de Kafka; e "A Dama e o Cachorrinho", de Tchekov. Todos precisamos ler para viver. Esta película nos ensina que ler é tão importante quanto respirar e qualquer esforço para manter este hábito e prazer sempre vai valer à pena. Stephen Daldry conseguiu cativar mais um leitor pela tela grande e eu espero que os leitores de Textostelona também sejam receptivos a este sensível filme que retrata os horrores da Segunda Guerra pela ótica de uma guarda analfabeta que acalmou sua alma na prisão com a leitura.
segunda-feira, fevereiro 02, 2009
Goya politicamente correto
O Prêmio Goya entregue horas atrás no Palacio de Congresos em Madrid premiou as obras politicamente corretas. Transmitido ao mundo pela TVE espanhola, a cerimônia teve muito humor com a mestre de cerimônias Carmen Macchi e com algumas esquetes dos humoristas do Muchachada Nui, durante pouco mais de três horas. O grande vencedor foi "Camino" com seis prêmios. O filme dirigido por Javier Fesser levou as estatuetas Goya de Melhor Filme, Diretor, Roteiro Original, Atriz (Carme Elías), Ator Coadjuvante (Jordi Dauder), Atriz Revelação (Nerea Camacho). Ao receber os prêmios de melhor diretor e roteirista, Javier Fesser agradeceu e dedicou o prêmio à personagem real que inspirou o filme, a menina de 13 anos, Alexia González-Barros, cuja doença foi manipulada pela organização Opus Dei. O filme ainda não tem estreia prevista para o Brasil.
Outros prêmios politicamente corretos foram para atores de países de língua espanhola que têm bastante trânsito em Hollywood, como foi o caso do de Melhor Ator para Benicio Del Toro por "Che, o Argentino", de Steven Soderbergh. Del Toro disse ser uma honra receber o Goya, quis compartilhar o prêmio com os demais indicados apesar de não ter visto nenhum dos filmes (crítica implícita aos problemas de distribuição de filmes não-americanos). Disse também que é muito importante que o filme "Che" tenha boa aceitação nos Estados Unidos (outra sub-liminaridade ideológica). Penélope Cruz foi a Melhor Atriz Coadjuvante por "Vicky Cristina Barcelona", de Woody Allen, e o Melhor Filme Europeu foi "4 Meses, 3 Semanas e 2 Dias", do romeno Cristian Mungiu, que esteve em cartaz em 2008 no Brasil, e trata dos abortos ilegais na Romênia.
O politicamente correto acompanhou a escolha de melhor canção original "A Tientas", do filme "El Truco del Manco" e do protagonista, o rapper e deficiente físico Juan Manuel Montilla, Langui, que agradeceu aos seus pais por lhe terem feito tão forte, mas teve dificuldades de acesso a escadaria do local da entrega dos prêmios. O momento mais emocionante da noite foi a homenagem ao cineasta Jesús Franco com o Goya Honorário. O diretor que em 50 anos de carreira fez mais de 188 filmes entre curtas e longas de todos os gêneros disse nunca ter pensado em receber este tipo de prêmio, oferecendo-o aos mais de quatro mil curta-metragistas da Espanha.
Veja a relação completa dos prêmios
- Mejor Película: 'Camino'
- Mejor Director: Javier Fesser
- Mejor Actor: Benicio del Toro por 'Che, el argentino'
- Mejor Actriz: Carmen Elías por 'Camino'
- Mejor Actor de Reparto: Jordi Dauder por 'Camino'
- Mejor Actriz de Reparto: Penélope Cruz por 'Vicky Cristina Barcelona'
- Mejor Actor Revelación: Juan Manuel Montilla 'Langui' por 'El truco del manco'
- Mejor Actriz Revelación: Nerea Camacho por 'Camino'
- Mejor Director/a Novel: Santiago A. Zannou por 'El truco del manco'
- Mejor Película Europea: '4 meses, 3 semanas, 2 días'
- Mejor Película Hispanoamericanea: 'La buena vida'
- Mejor Guión Original: Javier Fesser por 'Camino'
- Mejor Guión Adaptado: Rafael Azcona y José Luis Cuerda por 'Los girasoles ciegos'
- Mejor Película Documental: 'Bucarest, la memoria perdida'
- Mejor Corto Documental: 'Héroes. No hacen falta alas para volar'
- Mejor Montaje: A. Lázaro por 'Los crímenes de Oxford'
- Mejor Fotografía: P. Femenia por 'Sólo quiero caminar'
- Mejor Música Original: R. Baños por 'Los crímenes de Oxford'
- Mejor Canción Original: 'A tientas' por 'El truco del manco'
- Mejor Dirección Artística: A. Gómez por 'Che, el argentino'
- Mejor Diseño de Vestuario: Lala Huete por 'El Greco'
- Mejor Maquillaje y/o Peluquería: J. Quetglas y N. Sánchez por 'Mortadelo y Filemón'
- Mejor Sonido: Daniel de Zayas, Jorge Martín y Maite Rivera por '3 días'
- Mejor Dirección de Producción: R. Romero por 'Los crímenes de Oxford'
- Mejores Efectos Especiales: Romanillos, Costa, Quetglas, Diaz, A. Grau y Ch. Remacha por 'Mortadelo y Filemón'
- Mejor Película de Animación: 'El lince perdido'
- Mejor Cortometraje de Ficción: 'Miente' de Isabel de Ocampo
- Mejor Cortometraje de Animación: 'La increíble historia del hombre sin sombra' de José Esteban Alenda
- Goya de Honor: Jesús Franco
(FONTE: WWW.ELPAIS.COM, DO JORNAL ESPANHOL EL PAIS)
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