segunda-feira, abril 19, 2010

Por que tudo que é bom acaba um dia


Invariavelmente esta frase nos persegue como uma sentença de morte. Tudo que é bom um dia vai acabar. Para falar em séries, não consigo me conformar com o final de duas séries de tevê (alguns vão chamar de enlatados e o falam por ignorância da importância da mitologia de algumas séries para a formação do pensamento crítico de qualquer pessoas, mas isto é outra história). As séries em questão são 24 Horas e Lost. A série da ilha já tinha o seu final anunciado há muito tempo. Como todo seriemaníaco já assisti até o episódio 12 exibido no país comandado por Obama. Toda a mitologia está sendo explicada, com recuos no tempo de séculos, como no caso do Richard Alpert. J.J. Abrams e os produtores já disserem que não haveria mais o quê dizer após a sexta temporada. Hurley agora conversa com os mortos, principalmente com Jacob, o representante do bem na ilha (maniqueísmo é uma das fórmulas mais clássicas de narrativa, principalmente dos países derivados da linhagem anglo-saxã). O mais triste, porém, foi o anúncio da morte da série do imortal Jack Bauer. Ao produtor Brian Grazer coube esta tarefa. Kiefer Sutherland está meio passadinho na forma física, inclusive já é vovô na série, pois Kim já tem uma filha. Está se vendo melhor com as pistolas e metralhadoras do que com esforço físico, mas ele podia aguentar mais uns dois anos e se retirar na 10ª temporada, como outras duas clássicas: Seinfeld e Friends. O problema é que ele tem uma coisa meio Roberto Carlos. Todas as mulheres pela qual se apaixona, morrem. Outra fórmula clássica, até clichê. O agente da CTU que dá o sangue pelo bem comum dos Estados Unidos, o fiel escudeiro do presidente, no caso Wayne Palmer, Charles Logan ou da presidente Alysson Taylor, acaba sempre sozinho. Faltam sete míseros capítulos, mas que representaram uma vida de quem acompanha há nove longos anos uma série que marcou história, assim como outras ao longo da história: A Gata e o Rato, McGyver, CSI (que continua marcando), Carnivale, entre outras.
Por falar em marcar história, quem está ameaçada de acabar na primeira temporada é Flash Forward, com o piegas Joseph Fiennes. Apesar do papel principal do agente Mark Benford ter sido mal escolhido, ele não está comprometendo tanto. A série é um achado. Um apagão global faz com que as pessoas fiquem 2min17s inconscientes em todo o mundo. No momento da bobeira, todos avançam o pensamento em seis meses. Tudo que ocorreu durante este apagão vai fazer com que cada um construa um mosaico e os agentes do FBI vão investigar o ocorrido. Estou no 16º capítulo da primeira temporada, esperando que ela tenha pelo menos uma segunda dose em 2011.

Crédito foto: Fox / Divulgação

Um comentário:

Carla and Robert disse...

Não acompanho Lost ou 24h... sou do tipo Greys Anatomy, Private Practice e Medium. (Hahaha... será que podemos categorizar as pessoas de acordo com as séries que assistem?) De qualquer forma lamentei no último dia 20 o fim de Ugly Betty! Sempre é triste ter que se despedir de personagens que acompanhamos temporada após temporada.