quinta-feira, janeiro 22, 2009

Ônibus do Tempo


Ônibus do tempo

Põe o mar de gente
à espreita do falho poema
que se desloca lúcido pelo ônibus do tempo

Na cidade do vento
a catraca cobra justo a brisa
que é o vale-transporte
do silêncio pela erosão dos séculos

Poltronas alheias à vida
dúvida de minutos
Paradas com seres àvidos
Embarcando nas brechas do calendário
Amnesiestesiadas e transportáteis

Luiz Gonzaga Lopes

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